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Sistemas Telefónicos

A rede telefónica começa em sua casa. Um par de fios de cobre é lançado a partir de uma caixa na rua para uma caixa na sua casa e daí, o par de fios é ligado a cada tomada de telefone na sua casa. Se tiver duas linhas de telefone, então dois pares separados de fios de cobre virão a partir da rua para sua casa.

Ao longo de condutas existentes nas ruas correm cabos com 100 ou mais pares de cobre e, dependendo da localização da sua casa, estes cabos ligam diretamente o seu telefone à central pública do seu Operador ou ligam a outras caixas de rua que funcionam como concentradores.

Na central telefónica pública, a sua linha é ligada a uma placa de linhas no comutador central para que possa ouvir o tom de marcação quando pega no telefone.

O concentrador digitaliza a sua voz e, em seguida, combina-a com dezenas de outras e envia-as todas num único “fio” (normalmente uma fibra óptica) para a central telefónica pública.

A fim de permitir que mais chamadas sejam processadas em simultâneo, as frequências transmitidas são limitados a uma largura de cerca de 3.000 hertz – todas as frequências da sua voz, abaixo dos 400 hertz e acima de 3.400 hertz, são eliminadas.

Se estiver a ligar através de um PPCA (Posto Privado de Comutação Automática) para alguém ligado ao mesmo comutador, este simplesmente cria um “lacete” entre o seu telefone e o telefone da pessoa a quem ligou.

Se for uma chamada de longa distância, a sua voz é digitalizada e combinada com milhões de outras vozes na rede de longa distância, “viajando”, normalmente, sobre uma linha de fibra óptica para o comutador receptor, podendo também ser transmitida por feixes hertzianos ou via satélite.

Num sistema de telefonia moderno, o operador foi substituído por um interruptor eletrónico – quando pega no telefone, o comutador “sente” o “fecho do lacete” e “envia” o tom de marcação para que saiba que o comutador e o telefone estão ligados e em funcionamento.

Os PPCA estabelecem ligações entre os telefones internos de uma organização privada (normalmente uma empresa) e também entre estes e a rede telefónica pública comutada através de linhas de rede – porque os terminais telefónicos de um PPCA incorporam telefones, máquinas de fax, modems e demais equipamento, utiliza-se o termo geral “extensão” para se referir um qualquer ponto terminal.

Inicialmente, a principal vantagem do PPCA era a redução de custos em chamadas telefónicas internas: o tratamento do circuito de comutação local tornava nulos os encargos com o serviço de telefónico. À medida que os PPCA ganhavam popularidade, começaram a oferecer serviços que não estavam disponíveis na rede do Operador, tais como grupos de busca, encaminhamento de chamadas e marcação de extensão.

Dois acontecimentos importantes na década de 1990 levaram ao desenvolvimento de novos tipos de sistemas de PPCA: Um deles foi o enorme crescimento das redes de dados e outro foi a crescente compreensão do público em geral sobre a comutação de pacotes. As empresas necessitavam de redes de comutação de pacotes de dados, pelo que, usá-las também para as chamadas telefónicas era tentador, e a disponibilidade da Internet como um sistema de entrega global fez com que a comutação de pacotes de comunicação se tornasse ainda mais atraente.

Esses fatores levaram ao desenvolvimento do PPCA VoIP – tecnicamente, agora já nada era “comutado”, mas a abreviação PPCA estava tão amplamente divulgada que se manteve.

Os sistemas digitais de estado sólido são por vezes referidos como PPCAE (Posto Privado de Comutação Automática Eletrónica) ou PPCAED (Posto Privado de Comutação Automática Eletrónica Digital).

Historicamente, o custo dos sistemas PPC colocou-os fora do alcance das pequenas empresas e indivíduos. No entanto, desde a década de 1990 houve um grande incremento na disponibilidade de pequenos PPCA adequados à dimensão e exigências dos pequenos consumidores. Estes sistemas não eram comparáveis em tamanho, robustez e flexibilidade aos grandes PPCA, mas ainda assim forneciam um conjunto surpreendente de recursos.

Os primeiros sistemas PPCA voltados para o pequeno consumidor eram sistemas de telefones analógicos, geralmente suportando quatro extensões analógicas privadas e uma linha de rede pública analógica.

Particularmente na Europa, estes sistemas para telefones analógicos foram seguidos pelos pequenos PPCA para RDIS. Usar um pequeno PPCA para RDIS é um passo lógico, já que a interface de acesso básico RDIS (que é a interface telefónica normalmente disponível nos utilizadores individuais e nas pequenas empresas) oferece duas linhas de telefone lógicas (dois canais B) que podem ser utilizadas em paralelo.

Com o aumento da percepção do VoIP por parte dos consumidores, nasceu o PPCA VoIP e as funções do PPCA tornaram-se simples características adicionais de routers e switches.